Mas...

Mas...

Dias parecem semanas...
Semanas parecem anos...
Anos parecem décadas....
Hora parece eternidade...

Mas de repente a eternidade parece efêmera!
E tudo começa a passar tão depressa ,
que já não conseguimos acompanhar a velocidade do tempo.

Mas na verdade... O que é o tempo?
Qual a unidade de tempo correta?
Por mais exato que seja um moderno relógio digital,
Você pode ter certeza da coerência desta exatidão?
Então me responda sinceramente: uma hora à espera do amor, ou a noite inteira após sua chegada? O que demora mais?

Mas será que os quase-instantâneos momentos de prazer,
seriam tão prazerosos se eles se arrastassem como os agoniantes?
E como amadureceríamos se os momentos ruins fossem tão “rápidos” quanto os bons?

Mas mesmo sabendo de tudo isto, quem nunca reclamou do tempo?
Quem nunca quis ter um controle remoto,
Para voltar, pausar, por em câmera-lenta, ou mesmo adiantar fatos da vida?

Mas quem somos nós para controlar o tempo?
Mas não é o nosso tempo?
Mas você quer viver ou mandar na vida?
Mas há condições de viver sem controlar a vida?
Mas que vida mais adversativa!
Mas...

Hugo Feitosa
Recife, 28/10/2010