
Dia desses, conversando com um amigo, deparei-me com questionamentos que já foram muito presentes em minha vida e que – via de regra – percebo presente em outras pessoas...
Motivado por esta conversa resolvi amontoar algumas palavras sobre o assunto e compartilhar com vocês sem a menor pretensão de responder estes questionamentos, mas na esperança de ajudar quem os tenha na resolução dos mesmos.
Meu amigo me falava sobre crise ministerial. Percebi em suas palavras dúvidas sobre o que fazer em sua vida profissional, sentimental, espiritual, ministerial...
Passei grande época de minha vida procurando descobrir o que eu realmente gostava de fazer para entender minha vocação profissional...
Gastei mais alguns montantes de minutos me perguntando em que eu era melhor e/ou mais útil dentro de meu sistema religioso para tentar descobrir meu chamado/ministério...
Tinha dúvidas também sobre ao lado de quem passaria minha vida, o que gostava de estudar, quem escolher para amigo... E tudo isto ficava ainda mais complicado quando iniciava a tentativa de harmonizar todas as opções de escolha.
Que curso mais tinha haver com o que eu fazia na Igreja? Que namorada combinaria melhor com meus amigos? Que amigos me ajudariam mais em minha vida profissional? Casamento e Ministério tinham algo haver? ...
Minhas dificuldades foram aumentando até que percebi que havia algo mais importante do que saber o que fazer, aonde ir, em que investir... Eu começava a descobrir quem eu sou!
Saber quem você é algo que vai muito além de todos os questionamentos anteriores. E mais, ao perceber quem eu sou, comecei a perceber que tinha uma função no mundo. Deixei de acreditar que tinha que escolher o melhor emprego para ganhar muito dinheiro. Descobri que o que Deus havia me chamado a fazer ia muito além dos “ministérios” que havia me convencido que eram os meus.
A partir daí, comecei a experimentar algo incrível: tudo na minha vida começou a se encaixar e cooperar juntamente para um motivo maior.
Achei algo que me fazia sentir felicidade de verdade. Algo pelo qual valia a pena viver e até morrer. Descobri o sentido da minha vida!
A partir daí, as dificuldades ficaram bem menores. Curso, profissão, “chamado”, ministério, amizades, namoro, casamento... Tudo passou a valer a pena quando se encaixava num sentido maior e, nele, ganhava também mais sentido.
Passei, então a amar mais intensamente: Amar a Deus, às pessoas, e tudo em que empreendo esforço.
Experimente examinar-se e descobrir quem você é e qual a sua função no mundo... Talvez aí estejam todas as outras respostas que você precisa.
Ao invés de tentar achar várias respostas e tentar encaixá-las, ou mesmo trata-las de maneira separada lembre: Às vezes o que você precisa perceber é que não há várias vidas... Vários “você”...
Quem sabe seria legal pegar todos os “vocês” e “juntar” NUMA COISA SÓ!
Hugo Feitosa
Olinda, 13/08/2013